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sábado, 28 de julho de 2012
o meu pai
mesmo não junto a si
mesmo quando uma palavra não dita
mesmo quando ausente
sei entender o pouco que diz
sinto perceber o muito que não diz
temo no seu vacilar estar
temo por mim
hoje rejubilo na escrita alinhada
ontem em silencio chorei
na sua voz alterada
no seu medo mudo
quero acreditar que hoje
é o principio da temperança
com preserverança
quero acreditar que hoje
que a partir de hoje
em cada quadrado a branco
escreva e aponte cada letra
cada vocábulo
cada pensamento que exprime
que dá força ao caminhar
no cruzar da sua verticalidade
a horizontalidade dos dias
na frontalidade da sua virtude
vou
em cada quadrado a branco
encontrar os limites
a sua bondade
a sua assinatura
25 julho 12,Rosário Forjaz
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